terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Origem da Camisinha


Os primeiros preservativos eram feitos de partes (ceco) do intestino grosso dos animais. O representado na foto foi feito por volta do ano 1900

O preservativo é método contraceptivo muito antigo, existindo provas da sua utilização em civilizações históricas da Antiguidade, como a chinesa, na qual os preservativos eram feitos de papel de seda untado com óleo, a egípcia, que utilizava intestinos de animais cozidos, ou ainda a cretense (1600 a.C.), da qual existem relatos acerca do rei Minos de Knossos recorrer a bexigas natatórias de peixes como preservativo.

os soldados romanos > usavam tubos de intestinos secos de animais para resguardar-se contra doenças venéreas

no século XVI > Gabriello Fallopio recomenda mulheres a utilizar uma funda de linho fino banhada em uma infusão de ervas adstringentes, não como fins contraceptivos, senão para prevenir contágios venéreos, como a sífilis, enfermidade que fazia estragos à saúde

O certo e que os vestígios de preservativos fabricados com tecido animal se remontam ao século XVII, e já para o XVIII, as gravuras e desenhos da época, mostram que a fabricação de preservativos de intestino de carneiro era algo comum. Versões contam que Benjamin Franklin tentou fabricar preservativos, o que supomos não teve muito êxito, já que durante sua ilustre e prolífica carreira como padre dos EUA, teve 53 filhos ilegítimos.

Em 1702, outro médico inglês, John Marten, assegura ter encontrado um método eficaz para a contra concepção e a profilaxia ao mesmo tempo: - Um invólucro de linho impregnado de um produto cuja fórmula nunca revelou, com o qual se evitava o contágio venéreo e se impedia o acesso do esperma ao óvulo feminino. - Ao médico Marten lhe entraram escrúpulos de consciência e ao que parece queimou toda informação e evidência que tinha, dizia ele, para evitar, o crescimento de uma vida dissipada entre os jovens.

Mas a idéia da contracepção é anterior à idéia de preservação. Não se tinha consciência de que o coito podia ser uma via de entrada da enfermidade até quase finais do século XV. No entanto, a necessidade de evitar a gravidez o mundo já sentia desde quase o começo da civilização.

Devemos, dizer que, o homem primitivo não relacionou o coito com a fecundação. Mas apenas se deu conta disto e fez o quanto pôde para controlar a procriação manipulando a fertilidade feminina. Entre as primeiras tentativas, se encontra um papiro egípcio de 3850 anos, onde se explica como evitar a gravidez. A receita era: - "A mulher misturava mel com sosa e excremento de crocodilo, tudo acompanhava umas substâncias gomosas, aplicando uma dose sobre a entrada da vagina, penetrando até onde começa a unha ". - O remédio era excelente: - Fedia tanto que de maneira nenhuma, egípcio normal ousava aproximar-se. Apenas algum que outro com rinite, quem sabe...

Os chineses conheceram o diafragma, uma espécie de DIU feito a base de cascas de cítricos, que a mulher tinha que se introduzir na "perseguida".

os japoneses utilizavam dos tipos de preservativos. Os “Kawagata” o “Kyotai” o primeiro de couro fino e o “Kabutogata” feito de casco de tartaruga e de marfim.

Os boiadeiros de camelos do Oriente Médio e Arábia, há dois mil anos, introduziam pedrinhas, ossinhos ou pregos de cobre nas vagina das camelas para evitar que ficassem prenhas em longas viagens. Já o pai da medicina, Hipócrates, havia recomendado às mulheres fazer o mesmo. De fato era costume entre as mulheres da vida, de introduzir fios de algodão e fios de pergaminhos no útero, que funcionavam como anticoncepcional eficaz.

E desde tempo imemorial se utilizou, uma série de produtos que iam desde o suco de limão ao vinagre, salsinha ou mostarda e soluções de sal e sabão. Junto a estas substâncias, recorria-se a introdução de materiais diversos, como algodão, esponjas. folhinhas de bambu e inclusive, como nos conta J. G. Casanova, o célebre amante inglês do século XVIII: "...Meios limões com seu bico para dentro para no estorvar o amor.


Em 1860 se produziu em EUA, um dispositivo chamado capuz cervical. Seu realizador o Dr. Foote, viu nele um eficaz contraceptivo , no entanto a idéia como o invento, foram esquecidos e só seriam retomados pelo austríaco Dr. Kafca, quem o pôs em moda na Europa Central. Era uma espécie de dedal, fabricado por diversos materiais: celulóide, ouro, prata, platina. Se utilizou até que a borracha se impôs no mercado.

No século XVI o anatomista italiano Gabriel Fallopius recomendava um incômodo saquinho feito de linho e amarrado com um laço, que é considerado o primeiro preservativo, provavelmente utilizado para evitar doenças venéreas. Um século depois, um médico inglês - conhecido como dr. Condom - resolveu criar um protetor feito com tripa de animais para o rei Carlos II de Inglaterra, a fim de evitar o nascimento de tantos filhos ilegítimos (No entanto não há qualquer evidência de que tal médico tenha realmente existido). Em 1939, com a descoberta do processo de vulcanização da borracha, os preservativos passaram a ser fabricados com esse material e ficaram elásticos.

O preservativo como hoje o conhecemos, seria popularizado por Charles Goodyear. Por ser um produto artesanal, muito elaborado se converteu em um produto de elaboração simples, que podia ser feito em série, ao descobrir-se a vulcanização da borracha (até que emfim...).

Graças a isso apareceu o profilático de borracha. A moderna versão dos preservativos data do ano de 1921, quando um trabalhador da empresa "Akron": - "Alfred Trojan", de forma "acidental!!!" (claro...) introduziu seu pinto em um barril de goma líquida (em estado gelatinoso).

O preservativo moderno é produto inglês: - do médico de Carlos II de Inglaterra, "Dr. Condom", de metade do século XVII. - Carlos II lhe havia falado em uma certa ocasião, da sua preocupação pela cidade de Londres estar se enchendo de bastardos reais... e ao que parece foi o que moveu o médico da corte a engenhar aquele dispositivo. Ao pobre doutor "Condom", aquilo lhe custou uma mudança de nome, porque os seus inimigos deitaram nele sem piedade.

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